segunda-feira, 26 de março de 2012

100 ninguém

Este sábado marcou o centésimo aniversário do maior clássico do interior do futebol paulista - e brasileiro, o tradicional dérbi de Campinas, entre Ponte Preta e Guarani (ou Guarani e Ponte Preta, se preferir). Infelizmente, há pouco para comemorar. Como previam os maias, 2012 marcou o apocalipse do futebol campineiro, quando apenas 7 mil torcedores foram testemunhas heróicas do emocionante empate. O centenário marca o fim de uma era, um exemplo triste para todas as outras torcidas do Interior. Os times não lembram, nem de longe, os tempos de Careca, Osvaldo, Dicá e Zenon, é verdade, mas até que fazem campanhas honrosas no Paulistão. O estádio Moisés Lucarelli (da Ponte) também não ajuda, tanto em termos de conforto como, principalmente, de segurança, mas mesmo assim o descaso é injustificável.
O que o torcedor de Campinas espera? Que os times ressurjam do nada e retomem milagrosamente o espaço perdido? Como esperam que grandes empresas apóiem seus clubes, já que seus próprios torcedores são incapazes de prestar qualquer incentivo? Qual a imagem os patrocinadores pegariam emprestada para suas marcas? Sem torcedor, não existe Marketing Esportivo, é como tirar leite de pedra. E sem o futebol de Campinas, o Campeonato Paulista não faz sentido.

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